O consolo é a efemeridade.
Cada grão que escapa por entre os dedos
Não será lembrado em sua essência.
Apenas um grão
Caído
Esquecido
Em algum caminho obscuro...
Com a mão cerrada
Aperto os grãos que me restam
Chegando a esmagá-los, a sufocá-los,
Num gesto de desespero...
Tenho a sensação de que minhas veias vão explodir.
Não importa!
Que venham dores,
Cores fortes escorrendo pelo chão,
Cansaço nos músculos,
Marcas de unhas.
O meu futuro está seguro,
O efêmero não mais levará meus grãos.
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