De tão pequeno e mesquinho
Perdeu-se no esgoto ao tentar um mergulho acrobata...
Engolindo a lama podre
Engasgando-se com a água negra
Sentindo a dor do impulso da queda
Foi morrendo gradativamente...
A multidão caminhava por cima do bueiro
Ninguém imaginava o que havia por baixo dali
Era pequeno demais para se perceber a olho nu.
O mundo não parou!
Os pés pisavam o cimento que o cobriam.
O velhinho, com sua banca de bombons,
Cuspia aquele buraco, seu vizinho.
O pequeno afogou-se.
Boiou junto aos moradores daquele lugar...
Inteiramente na sarjeta,
Ninguém o viu
E nem verá.
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