A vergonha do que fui
Supera a vergonha do que sou
Porque o que sou
É o resultado do que fui
Resta-me o resultado do que serei:
Mórbida,
Inerte,
Incrédula...
E o que vier será lucro.
Minh’alma resistirá ao TUDO
Mesmo sabendo que o tudo por vezes é NADA.
E sendo NADA, impossível ser TUDO.
O importante é ser um só.
Mesmo que ser único signifique ser vários,
Insistirei em ser uma apenas.
Para que, assim, ninguém tenha dificuldade de encontrar-me.
Só eu tenho esse direito
De perder-me quando for necessário,
Ou, quando, simplesmente, eu achar por bem perder-me...
E, nessa hora, infeliz de quem ousar encontrar-me,
Farei questão de desunificar minha alma,
Para esconder-me debaixo das máscaras,
Máscaras fixadas em meio ao nada...
Sempre prontas a me receber.
Repito: este o meu futuro...
Ser um apenas,
Mesmo que ser um signifique ser vários...
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