sábado, 14 de junho de 2008

A dúvida e o nada



A dúvida consome os últimos grãos de sandice
Que existem perdidos no meio do caminho.
Grãos minúsculos,
Vistos apenas por olhos microscópicos
(que não é o caso dos meus).

E entre o ser e o não ser ainda existe a misteriosa opção
Que ainda não consegui desvendar.

Mas, sei que existe.
Talvez invisível, fantasmática...
Mas existe.

Dúvida insana.
Inescrupulosa,
Intrusa.

Penetra sorrateiramente o espaço vazio da mente.
E o que era nada agora é dúvida.

Entre o nada e a dúvida eu escolheria o nada.
E pronto.
E ponto.
Seria a pacífica perfeição vazia.

Entretanto,
O nada foi substituído.
E o substituto não poderia ser pior:
Esse sentimento infernal da dúvida.

Um comentário:

Érato disse...

A insanidade será perdoada! Fatalidade magnifíca reconhecer a imortalidade da dúvida!

Labirinto

Labirinto
"Labirinto" me reporta a curvas, traços sinuosos de uma curva em volta de si mesmo, sensualidade sombreada por uma muralha de tijolos de pano, vestes que escondem, protegem mas também aprisionam...rs"