Tento, em vão, transformar o que me atormenta. Mas o invés de chutar as pedras, tenho pulado por cima delas, com medo de me machucar. Cada pulo equivale a um grito de covardia diante do que passa diante dos olhos. E nem preciso de meus óculos para enxergar o que se passa, pois minha alma compreende muito bem... compreende tanto que chega a confundir-se diante de tanta contradição e insegurança, as quais insistem em ocupar o espírito abatido que habita em meu corpo. Tanta obscuridade... me parece o labirinto no qual um dia estive inserida. É como se eu tivesse o poder de entrar dentro de mim e afogar-me bem devagar, como se essa demonstração de fraqueza me levasse ao êxtase. E estando dentro de mim, estou fora do mundo. Mas se eu morrer afogada dentro de mim, indiscutivelmente volto ao mundo. E nem sei o que é o melhor, se é viver nele ou fora dele.
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