segunda-feira, 10 de março de 2008

Cegueira


Estou cega!
Caminho tropeçando em pedras, objetos...
O mundo surge em minha frente, mas não o vejo.
Ontem bati a cabeça
Hoje machuquei o joelho
E amanhã, meu Deus, o que será?

Minha alma está fraturada
E a angústia se apossa de meu corpo
Que transpira no frio.

Como não pude perceber antes?
Estou cega!

Se tivesse percebido poderia ter me esquivado, me protegido,
Poderia ter repousado num lugar tranqüilo
Poderia ter evitado dores, machucados...

Estou cega!
Cegueira eterna, talvez.
Não posso ver, mas o meu consolo é ainda poder sentir.

Um comentário:

Unknown disse...

Espero futuramente ter a oportunidade de comprar um livro seu somente de poesias. Essa poesia que lí, é como uma radiação que entra no corpo passando pela carne chengando aos ossos.Gostei!

Labirinto

Labirinto
"Labirinto" me reporta a curvas, traços sinuosos de uma curva em volta de si mesmo, sensualidade sombreada por uma muralha de tijolos de pano, vestes que escondem, protegem mas também aprisionam...rs"